reforma educacional brasileira
nos anos de 1990
Não há dúvida de que podemos pensar na escola como
instituição que pode contribuir para a transformação social. Mas, uma coisa é falar de suas potencialidades... uma
coisa é falar “ em tese”, falar daquilo que a escola poderia
ser. [...] outra coisa bem diferente é considerar que a escola
que aí está já esteja cumprindo essa função. Infelizmente essa escola é sim reprodutora de certa ideologia dominante... é sim negadora dos valores dominados e mera
chanceladora da injustiça social, na medida em que recoloca
as pessoas nos lugares reservados pelas relações que se dão
no âmbito da estrutura econômica.
Bourdieu e Passeron (1992),
A atual reforma educacional, que se inicia no
Brasil nos anos de 1990, tem como um de seus marcos a elaboração do Plano Decenal de Educação (previsto para vigorar de 1993 a 2003)
Conferência Mundial sobre Educação para
Todos, realizada em Jomtien, Tailândia, em 1990.
lei n. 9.394/96 (Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
LDBEN).2
a) o Estado retrai-se na provisão, destacando o
papel da unidade escolar como responsável
pela educação das crianças, jovens e adultos,
mas mantendo o controle do que é feito pela
escola por meio da avaliação (SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica,
ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio,
ENC – Exame Nacional de Cursos);
b) a retirada do Estado como provedor se dá mediante a entrada da sociedade civil nas unidades escolares para auxiliar na resolução de problemas, principalmente por meio de programas
como, por exemplo, o Programa Amigos da Escola e Adote um Aluno
Nesta relação podemos inferir que a reforma educacional no Brasil perpassa por alguns pontos cruciais
como a gestão, o financiamento, a avaliação, a formação de professores, o currículo, a inclusão.
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